MEDO DE AGULHA ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS.
- USP
- 15 de mar. de 2017
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Cientistas da USP desenvolvem espécie de fita adesiva que libera anestésico na gengiva e alivia dores das picadas de agulha.
Um produto desenvolvido em laboratórios da USP em Ribeirão Preto, promete minimizar aquela “aflição da picada de agulha” para anestesia bucal. Trata-se de uma fita adesiva que, enquanto fica grudada na gengiva, vai liberando o anestésico.
Foram anos de estudos, buscando alívio das tensões experimentadas nos consultórios dentários, e enfim a equipe de pesquisadores das Faculdades de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) e de Odontologia (FORP), ambas da USP em Ribeirão Preto, chegou a um “filme mucoadesivo anestésico”, uma espécie de fita como um esparadrapo biocompatível e biodegradável. É feito com polímero de baixo custo, a hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), um derivado de celulose vegetal bastante utilizada nas áreas farmacêutica, cosmética e de alimentos.
A ação anestésica começa após cinco minutos de adesão à mucosa gengival, “atinge efeito máximo entre 15 e 25 minutos e duram por 50 minutos, que é o tempo médio de um procedimento cirúrgico odontológico”
Conta Renê Oliveira do Couto, farmacêutico e integrante do grupo, que conseguiram vencer desafios como a adesão eficiente à gengiva, região da boca com superfície de área pequena e bastante irregular, onde geralmente é administrada a anestesia. Para tanto, os “filmes são produzidos com espessura ideal e dimensão, flexibilidade e resistência mecânica adequadas para a administração na mucosa”.
O pesquisador adianta que faltam ainda mais estudos para confirmar os filmes mucoadesivos como substitutos das injeções de anestesias, principalmente em “procedimentos cirúrgicos mais invasivos e complexos”. Mas, afirma que o produto pode ser efetivo em microcirurgias; extração de dentes de leite em crianças e raspagem e curetagem dental em adultos.
Além desses, um outro produto em forma de fita adesiva é distribuído há uma década no mercado internacional. É o Dentipatch, produzido por uma empresa norte-americana. Entretanto, até o momento “não foi provada sua eficácia para anestesia profunda”
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